Ar Comprimido Hospitalar – Pra Que Serve?

Ar Comprimido Hospitalar – Pra Que Serve?

Por: Engethink - 05 de Fevereiro de 2021

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O ar comprimido hospitalar é apenas um dos componentes da régua de gases medicinais e tem extrema importância quando o assunto é saúde. Não é só de oxigênio, ou vácuo que se compõe o sistema de gases em um hospital: ao projetar a sua central de gases, lembre-se de que o ar comprimido também é um gás e das suas funções nesse sentido.

É claro que nem todo estabelecimento hospitalar vai utilizar todos os gases, e é por isso que é tão importante contar com um serviço especializado, que vai realizar desde a orientação, até o projeto e instalação do sistema. O ar comprimido é um dos componentes que está presente em praticamente todos os sistemas.

Quer entender melhor o que é e para que serve o ar comprimido hospitalar? Então acompanhe abaixo nosso artigo com todas as informações sobre esse componente.

O que é o ar comprimido?

O ar comprimido é como o ar atmosférico. A diferença é que ele fica armazenado em cilindros, o que demanda um pressurização maior do que a existente no meio-ambiente. Assim, o ar comprimido nada mais é que o ar atmosférico, a uma pressão maior. Seus 79% de nitrogênio e 21% de oxigênio permanecem inalterados. Ele se aplica principalmente em compressores industriais. Entretanto, também há o uso medicinal em larga escala. E é sobre ele que vamos falar no artigo de hoje.

Normalmente, o ar comprimido medicinal se “fabrica” em laboratório, a partir da mistura dos componentes necessários para formá-lo, nas proporções indicadas. Durante esse processo, ele passa por uma purificação, na qual se remove quaisquer partículas de poeira, impurezas e até mesmo vírus que possam estar presentes.

Ainda que se utilizasse o próprio ar atmosférico, seria necessário filtrá-lo para eliminar tais partículas que produzem contaminação. É aí que fica ainda mais evidente o fato de que o tratamento do ar comprimido, quando este vai se aplicar à medicina, é diferente do que se realiza para o fluído na indústria, onde não é necessária tamanha pureza.

Em um hospital, não é possível simplesmente utilizar o mesmo ar comprimido industrial. Isso porque estamos lidando com vidas, e é importantíssimo proteger pacientes e colaboradores de contaminações e infecções. Por essa razão, ele precisa ser mais puro do que o fluido em sua versão industrial como por exexmplo ser isento de óleo. E para ter essa garantia, existem algumas normas que você precisa seguir em sua produção.

Quais as normas para a produção de ar comprimido hospitalar?

O uso do ar comprimido hospitalar se regulamenta pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A primeira é responsável pela Resolução RDC, nº 50, que versa sobre gases medicinais, dentre os quais está o ar comprimido. Nela, há a descrição do sistema, a área de armazenamento do fluído, sua condução pelos dutos, e os sistemas para armazenamento e fornecimento de ar comprimido.

Já a ABNT é responsável pela NBR 12.188. Esta versa sobre os gases medicinais de maneira mais generalizada, descrevendo todas as vertentes necessárias para que o sistema funcione de maneira adequada. Os materiais, as normas para o caminho dos gases e quaisquer outras informações que pressupõem eficiência e segurança estão descritas aí.

Para que serve o ar comprimido em hospital?

Pode ser que você esteja ainda se perguntando quais são exatamente as aplicações do ar comprimido em um hospital. Para responder a essa pergunta, basta considerarmos algumas funções básicas, processos que acontecem diariamente em ambientes hospitalares.

Ele se utiliza para o transporte de medicamentos dentro do organismo, a limpeza e secagem de determinados aparelhos e instrumentos, a ventilação mecânica, como fonte de vácuo em determinadas situações e, de forma mais direta, podemos citar até mesmo o tratamento de algumas doenças agudas, crônicas ou situações de emergência.

O ar comprimido é amplamente utilizado em hospitais e clínicas médicas para uma variedade de equipamentos e procedimentos, como:

  1. Ventiladores mecânicos: o ar comprimido é usado para fornecer ar aos pacientes que precisam de assistência respiratória, ajudando-os a respirar.
  2. Nebulizadores: dispositivos que usam ar comprimido para transformar medicamentos líquidos em vapores finos que podem ser inalados pelos pacientes para tratar problemas respiratórios.
  3. Aspiradores cirúrgicos: o ar comprimido é usado para criar vácuo e aspirar fluidos e detritos durante cirurgias.
  4. Ferramentas cirúrgicas: o ar comprimido é usado para alimentar uma variedade de ferramentas cirúrgicas, como brocas, serras e bisturis elétricos.
  5. Lavadoras de instrumentos: o ar comprimido é usado para secar e limpar instrumentos cirúrgicos.
  6. Sistema de distribuição de medicamentos: o ar comprimido pode ser usado para transportar medicamentos em pó, como antibióticos, de um recipiente para outro.
  7. Geradores de anestesia: o ar comprimido é usado para misturar gases anestésicos e distribuí-los para os pacientes durante procedimentos cirúrgicos.
  8. Geradores de oxigênio: o ar comprimido é usado como fonte de alimentação para geradores de oxigênio, que produzem oxigênio puro para pacientes que precisam de oxigenoterapia.

Esses são apenas alguns exemplos de como o ar comprimido é utilizado em diferentes equipamentos e procedimentos médicos. É importante garantir que o ar comprimido seja de alta qualidade e livre de contaminantes para garantir a segurança dos pacientes e a eficácia do tratamento.

Como ter acesso ao fluido em sua clínica ou hospital?

Se você está planejando a construção do seu estabelecimento na área da saúde, é melhor já pensar, de antemão, no sistema de gases medicinais. O ideal é que ele já venha junto ao projeto arquitetônico do local. Isso porque é importante haver espaço para a central de gases e segurança em sua condução até as instalações necessárias.

Entretanto, se a sua clínica já está construída, não há motivos para se desesperar. É possível realizar um projeto de acordo com o que você tem disponível, sem deixar de seguir às normas de segurança e sem abrir mão do melhor para o seu paciente. O projeto é único e personalizado, de modo que é necessário estudar o seu caso individualmente para inserí-lo.

Como ele chega ao paciente?

O ar comprimido hospitalar passa por todo um sistema até chegar ao paciente. Primeiro, ele pode vir da indústria responsável que já o armazena em um cilindro específico, ou se produz no próprio estabelecimento a partir de um compressor de ar medicinal. Em ambos os casos, a fonte fica na central de gases medicinais, juntamente com outros componentes aplicados.

A partir da central, o ar comprimido flui através de tubulações, que o leva até as instalações necessárias. Na verdade, a função dos tubos é transportá-lo desde a central até a régua de gases. Os demais gases medicinais também chegam ao paciente por essa via, mas é importante lembrar que cada um tem a sua tubulação específica, com cores, identificação e outras características exigidas por lei.

Da régua, há mangueiras, válvulas e outros componentes que levam o ar até as vias do paciente. É importante considerar que todas as partes do sistema precisam de manutenção e limpeza, visto que, uma vez que o ar sai puro da central, não pode haver contaminação durante o caminho até o paciente. Entende a necessidade de um acompanhamento adequado do sistema?

Quem pode instalar o ar comprimido medicinal em sua clínica?

Uma empresa de engenharia especializada é a responsável pelo projeto. O primeiro passo é escolher uma dessas empresas e solicitar uma primeira visita técnica. É nela que o profissional vai conversar com você e avaliar os recursos existentes em sua clínica, de modo a traçar o melhor planejamento possível para a instalação. É a partir daí que você vai receber um orçamento.

Uma vez que você aprova o orçamento, se desenvolve o projeto, no qual constarão todas as características do sistema, os componentes necessários e tudo o mais que se julgar importante e a lei exigir. A instalação consiste basicamente em passar esse projeto do papel para a prática e, quanto mais fiel um for ao outro, melhor. Trata-se de uma garantia de que possíveis mudanças necessárias possam acontecer com segurança mais tarde.

Quais os cuidados necessários com o ar comprimido medicinal?

Como dissemos, qualquer componente aplicado à medicina demanda alguns cuidados, para preservar o paciente. Quando pensamos no ar comprimido, podemos considerar o seguinte:

  • Pureza – Como dissemos, o ar comprimido medicinal precisa ser puro. Assim, é importante garantir tal pureza a partir da aquisição do fluído por fontes confiáveis e certificadas;
  • Segurança – Produtos certificados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) têm um selo de qualidade, que os torna comprovadamente seguros. Leve isso em conta na hora da aquisição;
  • Continuidade – O ar comprimido precisa de fornecimento ininterrupto. Isso porque, a qualquer momento, o paciente pode precisar utilizá-lo. Assim, é necessário garantir que se vai suprir toda a demanda;
  • Manutenções – As manutenções periódicas são necessárias para que o seu sistema funcione adequadamente. Ainda que aparentemente não haja nada de errado, é importante realizar as manutenções de acordo com a periodicidade pautada pela empresa responsável em sua região, ou mesmo por quem fez a instalação do seu sistema;
  • Atenção – As manutenções em dia atenuam o risco de problemas, mas não os descartam totalmente. Dessa forma, você deve estar sempre atento ao seu sistema. Qualquer suspeita vale uma visita técnica para avaliação. E é importantíssimo ter com quem contar nessas situações.

Como aplicar ar comprimido à sua clínica?

Para cada situação, existe uma solução para o seu estabelecimento de saúde. Assim, dependendo da etapa na qual você se encontra, é possível instalar o ar comprimido.

  • Clínica em construção – Se o seu estabelecimento ainda está em construção, você pode contratar uma empresa de engenharia especializada para fazer o projeto de gases medicinais desde o início. Dessa forma, é possível passar por todas as etapas com os mesmos profissionais. Há empresas que fazem desde o projeto de instalação até a assistência técnica;
  • Clínica sem sistema de gases – Se a sua clínica já se concluiu, mas você não tem o sistema de gases medicinais, é possível fazer o mesmo processo do item anterior. Só que, nesse caso, pode ser um pouco mais difícil adequar o sistema à construção já pronta;
  • Clínica com sistema de gases, sem ar comprimido – Pode ser que a sua clínica já conte com um sistema de gases em funcionamento, mas que não tenha o ar comprimido. Nesse caso, é possível contratar uma empresa para incluir o fluído no sistema. Assim, será necessário realizar algumas alterações na central de gases e nas tubulações, o que demanda um novo projeto;
  • Modificações no sistema – Se você já tem o sistema, inclusive de ar comprimido, mas precisa realizar alguma mudança, uma empresa de engenharia pode ajudá-lo;
  • Somente manutenções e assistência técnica – Por fim, se você já tem o sistema, que está em perfeito funcionamento, ainda assim é necessário realizar as manutenções. Você pode contratar uma empresa que faça isso. Melhor ainda se ela oferecer também a assistência técnica, para atendê-lo em caso de problemas.

Considerações ambientais na produção e distribuição de ar comprimido em hospitais

A produção e distribuição de ar comprimido em hospitais podem ter impactos ambientais significativos. Algumas considerações ambientais que devem ser levadas em conta incluem:

  1. Consumo de energia: os compressores de ar usados na produção de ar comprimido consomem uma quantidade significativa de energia elétrica. É importante selecionar equipamentos eficientes em energia e otimizar o uso do ar comprimido para minimizar o consumo de energia.
  2. Eficiência do sistema de distribuição: é importante garantir que os sistemas de distribuição de ar comprimido sejam projetados e instalados adequadamente para minimizar a perda de ar e o desperdício. Vazamentos de ar podem levar a perdas significativas de energia e aumentar as emissões de gases de efeito estufa.
  3. Reuso e reciclagem: considerar a possibilidade de reutilizar o ar comprimido em outras aplicações ou reciclar materiais que fazem parte dos sistemas de ar comprimido podem ajudar a minimizar o impacto ambiental.

Em resumo, é importante considerar as questões ambientais na produção e distribuição de ar comprimido em hospitais.

Como escolher a empresa para a instalação?

Como existem inúmeras empresas no mercado que realizam esse tipo de trabalho, pode ser que você encontre algumas dificuldades na hora da escolha. Entretanto, basta ficar atento aos diferenciais. Ela deve ter um registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) da sua cidade e contar com ao menos um engenheiro formado responsável em seu quadro de funcionários.

Além disso, dê preferência a uma empresa que realize desde o projeto até a instalação e testes, para finalmente colocar o seu sistema em uso. Se houver a possibilidade de serviços de manutenção periódica e até mesmo assistência técnica para momentos de emergência, tenha a certeza de estar contratando a opção mais completa.

Se é disso tudo que você precisa, não perca mais tempo! Visite agora mesmo o nosso site e conheça todos os serviços que disponibilizamos nesse sentido. Com vasta experiência no mercado, podemos fazer o melhor pela sua clínica.